O Colinas do Sol fica
pertinho do Belas Shopping, no retorno mais próximo a ele.
Frequentemente, é preciso estacionar na rua, já que poucas vagas
dentro do apart, e mesmo o espaço nessa rua pode estar bem
disputado, já que há uma faculdade bem próxima, a Óscar Ribas.
Depois que se entra, o Brasa fica logo à direita da porta principal,
mas vamos dar uma voltinha antes de chegar lá, para dar uma passada
no outro restaurante do apart, o Zodabar.
Os dois locais são
vizinhos, e compartilham a área aberta próxima da piscina, apenas
com uma divisão. A diferença é que o Zodabar é todo ao ar livre,
e tem um menu bem mais limitado, em geral focado em pratos
portugueses assimilados pelo gosto angolano, como o bitoque (carne
com ovo), bacalhau e grelhados. Como o nome diz, o lugar tem um DNA
mais de bar, com um espaço de música ao vivo que costumava ser bem
frequentado pela comunidade brasileira, antes da devagar e constante
(mas ainda não muito expressiva) migração portuguesa para
Talatona. Os lusos costumam ser maioria no local, ultimamente.
Eu nunca fui muito fã
do Zodabar, não só porque não costumo frequentar tanto os locais
de brasileiros (é preciso sair da bolha, pessoal), mas também
porque sempre achei o serviço muito ruim, demorado, com um preço
alto para uma comida apenas mediana. No dia em que saí de casa para
escrever esse texto, pretendia ficar no Zodabar, e não no Brasa, mas
o garçom me informou que em pleno horário de almoço de domingo,
não estava disponível nenhuma das opções de peixe ou frutos do
mar que constam no cardápio. Nada, nada. Resolvemos mudar para o
restaurante vizinho, simples assim.
O Brasa tem dois
ambientes: um contíguo ao Zodabar, e outro fechado. Num domingo de
sol, não nos fazia sentido ficar do lado dentro, mas foi a decisão
errada. Por algum motivo, assim que começamos a comer vieram as
moscas, que nos atormentaram até o fim da refeição.
O Brasa funciona à la carte, mas com uma diferença: você pede apenas a carne. Se quiser acompanhamento, paga à parte. Eles têm o básico: arroz, feijão, farofa (com farinha musseque, e não a brasileira), batata frita, legumes. Enfim, a estrela deve ser realmente a carne, e eles têm poucas e boas opções, para quem gosta. A mais popular é a picanha, até mesmo pelo preço. Para quem vai de peixe tem uma opção de peixe fresco do dia, e, claro, bacalhau e choco, uma lula tipicamente angolana sobre a qual falo depois em mais detalhe.
Não pedimos entrada, e eu tracei o peixe do dia, uma posta de garoupa de sabor realmente maravilhoso. Aqui em Angola o peixe grelhado normalmente é servido com um molho realmente muito bom de cebola cortadinha do azeite, que dá um sabor especial sem roubar o gosto natural, como os molhos de pimenta. Estava muito bom. Na nossa mesa, a picanha também foi amplamente aprovada: tenra, macia e saborosa.
O melhor, no entanto,
foi a sobremesa. Há o habitual, como brownie, petit gateau, etc, mas
prefira uma especialidade angolana, o sorbet de múcua. Múcua é a
fruta do imbondeiro, árvore típica da África, de Madagascar ao
Senegal, também muito presente em Angola. Fora daqui, normalmente é
conhecida como baobá. Nunca provei a fruta in natura, mas ao que
parece ela precisa ser tratada antes do consumo, marcado muito mais
pelo suco e por derivados. O sabor é ácido e forte, mas bem
especial, algo entre o mesmo cupuaçu e o tamarindo. Em forma de
sorbet, é uma opção de sobremesa light e refrescante, sem contar
que, se você é estrangeiro, por que não experimentar um autêntico
sabor local?
hummm o Brasa eu não conheci, mas o zodabar é deplorável.... não vale a pena nem passar na frente... serviço péssimo, comida horrível!!!! A cara da sua garoupa estava ótima!
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